Espiritualidade sem rótulo: é possível se reconectar com você mesma?

Espiritualidade não precisa ter nome, templo ou ritual. Ela pode estar no silêncio do café da manhã, numa conversa sincera com uma amiga ou naquele instante em que você respira fundo e sente, no coração, que está exatamente onde deveria estar.

É a conexão com o que te sustenta por dentro. Pode ser fé, presença, gratidão—o que importa é que faça sentido para você e te lembre que há algo maior, mesmo nos dias mais comuns.

Não existe fórmula certa. O único caminho é voltar-se para dentro. Espiritualidade não é religião. A religião veio do homem, ocupa um espaço cultural importante, mas não é a única via. Se você ainda acredita que apenas as igrejas salvam, talvez seja hora de repensar. A transformação é uma porta que só se abre por dentro.

Lembro dos meus pais. Cada um tinha seu próprio jeito de falar com Deus. Minha mãe, católica, adorava imagens de Jesus e Maria. A casa dela era repleta de santos, anjos e papas. Já meu pai demonstrava fé com simplicidade e respeito. Toda noite, sentado na cama, se cobria com o cobertor como se fosse um manto para fazer sua oração. Na hora das refeições, ele sempre fazia o sinal da cruz e tirava o chapéu com reverência.

Meu irmão seguiu um caminho parecido com o dele. Minha irmã, por outro lado, foi muito religiosa desde cedo. Estudou em colégios católicos, conviveu com padres e freiras, viveu nas igrejas. Mais tarde, aderiu a outra religião, foi batizada e chegou a se casar sob a bênção de um pastor. Lá, começou sua carreira como psicóloga, dando palestras.

Com o tempo, ficou claro que a fé estava a serviço dos seus objetivos. Quando perguntei sobre uma palestra recente, ela respondeu: “Não tenho mais tempo pra isso.” Ela não precisava mais fazer palestras gratuitas. Já havia conquistado seu espaço, cobrava pelo seu trabalho e dava entrevistas em rádio e TV. Para que continuar com algo que já não servia aos seus interesses?

E eu? Sempre fui a rebelde. Fui batizada na Igreja Católica ainda pequena, estudei em colégio religioso por influência da minha irmã, fiz primeira comunhão meio contrariada, depois até participei de estudos bíblicos na igreja onde ela foi batizada. Mas nunca quis me batizar. Minha conexão com Deus sempre foi direta, sem intermediários.

Com o tempo, essa relação ficou mais leve. E mais verdadeira.

E você? O que tem te reconectado a ELE ultimamente? Também está sendo trabalhada?

Falando em trabalho… hora de ir!

Amanhã falamos mais sobre isso.

Ate,

Cindy Ferreira | viveReal

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