Fraternidade e amizade social: um olhar crítico e pessoal
O tema da campanha da fraternidade desse ano, sob o meu olhar!
Esse tema foi inspirado na Carta Encíclica do Papa Francisco Fratelli Tutti (Todos os irmãos), que nos convida a reconhecer, valorizar e amar todas as pessoas, independentemente de sua origem ou condição social.
É um chamado para construir pontes, promover o diálogo e trabalhar juntos pela construção de um mundo mais justo e fraterno.
Esse tema deseja passar para todos nós a mensagem de que somos todos irmãos e irmãs, filhos e filhas de Deus e que devemos viver em harmonia, respeito e solidariedade.
Deseja também nos alertar sobre as sombras de um mundo fechado, marcado pelo individualismo, pela indiferença e pela violência, que ameaçam a fraternidade e a paz.
Deseja, por fim, nos inspirar a sonhar e a gerar um mundo aberto, onde a dignidade e o valor de cada ser humano sejam reconhecidos e respeitados.
Eu respeito e concordo em grande parte do que o tema sugere, mas precisamos de um olhar mais apurado sobre o que ele propõe, pois devemos cuidar para que não confundamos solitude com individualidade ou indiferença.
Sou a prova viva de que, quando uma pessoa escolhe se reservar, viver e conviver mais consigo mesmo, do que com as outras pessoas, ela pode estar apenas em busca de segurança.
É fato que o antagonismo incomoda, a experiência se destaca e vai sem sobra de dúvidas esbarrar em demagogos.
Deus nos deu a vida e é nossa obrigação buscarmos o melhor para nós e oferecermos o nosso melhor, mas para isso não precisamos conviver com o que ou com quem não nos identificamos.
A ideia é oferecermos o que temos em nós para aqueles que escolhemos para fazer parte do nosso caminho e esse caminho é único!
Acredito mesmo que, para a gente desejar o melhor para nosso próximo, não preciso estar no meio deles fisicamente e isso não significa ser indiferente!
Na real, eu não acredito nesse grito romântico de amarmos a todos como Deus nos amou e ama.
Deus nos deu o livre arbítrio e, na boa, eu não preciso e nem quero conviver com pessoas com as quais eu não me identifico. Então, generalizar é algo bem complicado.
Deus fez e faz isso porque ELE é soberano. Eu sou humana e estaria sendo utópica se dissesse que acredito piamente no que esse tema sugere integralmente.
Como em tudo, vou absorver o que acredito. Primar pela minha saúde social, ou seja, conviver sim, mas só com quem eu achar que devo. O que não significa que eu não deseje o melhor para todos.
É isso!
Cindy Ferreira - viveReal