O silêncio do telefone

Em uma época não muito distante, o som do telefone tocando era uma melodia familiar em nossas vidas. Lembro-me de Marília Gabriela mencionando em uma entrevista como as chamadas para ela se tornaram uma ocorrência rara. E não é apenas ela; meu telefone também caiu em um silêncio ensurdecedor.

Antes da pandemia, era comum receber ligações de clientes, mas agora, na era digital, as mensagens eletrônicas assumiram o comando. Há uma praticidade e segurança inegáveis nesse método, já que tudo o que é combinado fica registrado, mas confesso que sinto falta da conexão mais humana que uma ligação telefônica proporciona.

Recentemente, tomei algumas decisões que refletem essa mudança nos tempos. Decidi que não serei mais a primeira a iniciar uma ligação; vou esperar que os outros me procurem. As ligações se tornaram raras, e essa é uma realidade que estou aprendendo a aceitar. Além disso, decidi que não darei mais presentes. Sempre gostei de presentear os outros, e sempre escolhi presentes de qualidade, mas percebi que raramente recebo presentes em troca. No mês do meu aniversário, o único presente que recebi foi o que eu mesma me dei.

Essas são as consequências das minhas escolhas. E, falando em escolhas, há outra que fiz recentemente: não quero mais sair com minhas amigas. Na última vez que saímos, senti um muro entre nós. A distância emocional era palpável, e a sensação de alívio ao voltar para casa foi inesperada, mas bem-vinda.

Talvez amanhã eu mude de ideia, e está tudo bem. Mas hoje, estas são as escolhas que fiz. Não estou triste, não estou brava, apenas decidida! Desejo a todos um excelente fim de semana.

Até segunda-feira.

Cindy Ferreira - viveReal

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