Se não é recíproco, eu prefiro abrir mão

A cada ano que passa, sinto que a solitude se faz mais presente na minha vida. Saio menos de casa, evito encontros sociais e me envolvo apenas com o necessário no trabalho. Tem dias que me pergunto qual o motivo exato para isso, mas a resposta nunca surge com clareza.

Na verdade, acho que é meu instinto natural de fugir de tudo que não é verdadeiro. As falsas promessas, as amizades ocas e as relações superficiais já não têm mais espaço na minha vida. Sim, a solitude é algo presente, mas é uma escolha consciente. Prefiro cultivar poucos, mas verdadeiros laços, a encher meu tempo com relações que só me desgastam.

Abrir mão do que não é recíproco tornou-se uma filosofia de vida. Aprendi, com o tempo, que não vale a pena gastar energia com quem não está disposto a retribuir. E isso vale para todas as esferas da vida: amizades, relacionamentos amorosos e até no trabalho. Se as pessoas não estão presentes de corpo e alma, melhor seguir outro caminho.

Há quem diga que isso é uma forma de auto-proteção, um medo de se machucar novamente. Talvez seja. Mas, sinceramente, prefiro me machucar enfrentando a verdade do que viver numa ilusão confortável. A solitude que sinto nem sempre significa tristeza, mas sim uma forma de estar em paz comigo mesma. É um tempo que dedico a me conhecer melhor, a refletir e planejar o futuro com mais clareza.

Se você, caro leitor, sente algo parecido, saiba que não está sozinho. A qualidade das relações que cultivamos é muito mais importante que a quantidade. E, se para isso, for necessário abrir mão do que não nos engrandece, que assim seja. 

Porque no final das contas, a reciprocidade é a base de qualquer relação verdadeira e duradoura.

Até amanhã,

Cindy Ferreira - viveReal

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