As Pessoas Mais Bem Acompanhadas São as que Moram Sozinhas!

E não, não estou falando apenas de lares, mas de verdadeiros refúgios, onde encontramos paz, liberdade e nós mesmos.

Fiquei viúva muito cedo. Embora não fôssemos casados legalmente, minha relação com o Nilo foi marcante. Depois dele, nunca mais morei com outro homem. Eu tinha apenas 26 anos quando isso aconteceu, e logo fui cercada por uma avalanche de opiniões – diretas e indiretas: "Você é jovem, tem que se casar de novo. A vida de quem vive só é muito difícil! Bla,bla,bla...

Hoje, mais de 30 anos depois, continuo levando minha vida com minhas próprias forças. Dizer que foi fácil seria uma mentira. Houve desafios, mas o fato é que até aqui vivi sustentada pelo meu trabalho. Nesse tempo, poucos me ofereceram ajuda e menos ainda foram os que efetivamente me ajudaram.

Ao olhar para trás, percebo que, mesmo que o Nilo não tivesse partido, provavelmente não estaríamos mais juntos. Por inúmeros motivos, mas principalmente porque, em algum momento, eu sentiria a necessidade de me tornar a minha própria prioridade.

Sei que posso ser julgada, chamada de egoísta ou de alguém que quer mostrar autossuficiência. Mas a verdade é que estar sozinha nunca foi uma opção. A vida apenas me guiou para a realidade que vivo hoje, uma realidade pela qual sou profundamente grata a Deus.

Sim, muitas coisas foram fruto das minhas escolhas, mas outras simplesmente não aconteceram. E tudo bem! Aprendi que não se trata de controlar tudo, mas de aceitar e valorizar o que se tem.

Compreendi que meu tempo daqui para frente será menor do que aquele que já vivi. E está tudo bem também. Não carrego arrependimentos.

Podem me julgar, dizer o que quiserem, mas o fato é que aprendi a ser feliz com o que tenho – e não com aquilo que um dia sonhei e não aconteceu. Sou feliz comigo mesma. Foi um aprendizado difícil, repleto de dores e lições, mas aprendi a me admirar, a me respeitar e a cuidar de mim.

Gosto demais da minha própria companhia. Definitivamente, não sei até que ponto eu seria capaz de dividir esse espaço tão precioso com outra pessoa.

Amanhã volto para falar sobre o "HOMEM" que mudou a minha vida. Tenho certeza de que será uma história que vai mexer com você.

Até lá,  

Cindy Ferreira - viveReal

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