Emoções à Flor da Pele

 "Quando coração e mente se desequilibram, até os passos mais simples podem parecer os mais pesados."

Como mencionei antes, minha saúde física estava comprometida. Saber que não tinha muitas pessoas com quem contar só aumentava o alerta emocional. Não foi diferente comigo. A ansiedade tomou conta, e os sintomas começaram a se manifestar: dificuldade para dormir, aumento no ritmo de trabalho e no apetite — e, claro, pensamentos pessimistas começaram a me rondar.

A cada dia, o peso parecia maior, e a solidão era uma constante. De fato, estava enfrentando tudo completamente sozinha.  

Sentia muita falta da minha mãe, principalmente naquele momento. Perder ela para um AVC há anos foi devastador. Não perdi apenas a mãe; perdi minha melhor amiga. Meu pai, já com idade avançada, mora do outro lado do país. Desde que minha mãe faleceu, sua fragilidade emocional se intensificou, e ele passou a depender de uma cuidadora constantemente.  

Meus irmãos também se afastaram após a perda dela, e respeitei a decisão deles. Sou viúva há muitos anos e, desde então, moro sozinha. Trabalho arduamente para dar conta dos meus compromissos e responsabilidades.  

Embora tenha bons colegas de trabalho e poucos, mas leais amigos, não achei necessário compartilhar minha situação com eles num primeiro momento. Tudo que disse foi que estava cuidando da pressão arterial — nada além disso.  

O que descobri ao lidar com minhas emoções nos dias que se seguiram poderá mudar completamente sua perspectiva sobre qualquer processo de cura. Uma coisa eu já posso adiantar: Jesus é o melhor psicólogo do mundo. Mas isso merece um capítulo à parte, e falaremos mais sobre Ele amanhã.

Até lá,

Cindy Ferreira - viveReal