
Emoções sob Controle!
"Lidar com as emoções é como navegar em um mar imprevisível: requer coragem, resiliência e a capacidade de se reinventar diante das adversidades."
Como prometido, hoje compartilharei como enfrentei os desafios emocionais em dias em que corpo e mente pareciam estar em descompasso. Não saber ao certo o que eu tinha tornava tudo mais difícil. Por um lado, os medicamentos manipulados me davam esperança, mas, por outro, me faziam sentir como uma prisioneira deles. Será que, para me livrar do desconforto do inchaço, teria que passar o resto da vida tomando cápsulas diariamente? A ideia de depender desses medicamentos era algo que eu não queria – e, francamente, nem poderia, já que eles são caros e eu estava recomeçando aos cinquenta anos, em condições financeiras bastante limitadas.
Sem condições de buscar a ajuda de uma terapeuta, sabia que precisava cuidar da minha saúde mental com os recursos que tinha à disposição. Foi então que tomei as primeiras providências: caminhar, ouvir música, ler bastante e mudar o hábito de dormir tarde.
Você conhece a expressão “mente vazia é oficina do diabo”? Ela resume bem o maior obstáculo que enfrentei. Sempre que sentia que minha mente estava se perdendo, eu me forçava a fazer alguma das atividades que mencionei. Era uma batalha diária – e, em muitos dias, eu perdia. Ainda assim, dizia a mim mesma que perder uma batalha não era o mesmo que perder a guerra.
Foi nesse período que passei a pesquisar tudo o que podia sobre os sintomas que estava enfrentando. Além disso, comecei a comer em menor quantidade e com menos frequência. Não se tratava de fazer dieta, mas de tentar reduzir a sensação de inchaço que me incomodava profundamente. Comer menos significava menos desconforto – e isso, consequentemente, amenizava a sensação de estufamento.
Surpreendentemente, comecei a perder peso, o que trouxe um ânimo renovado para continuar com os novos hábitos. Foi então que decidi procurar uma nova orientação médica – dessa vez, um médico de família, à moda antiga. Apesar de ser algo raro de encontrar hoje em dia, decidi perseverar na busca.
Após algumas tentativas frustradas, cheguei em casa em um dos dias mais exaustivos. Descrente, liguei para um amigo e, ao encerrar a ligação, permiti-me chorar compulsivamente. Falei com Deus em voz alta, buscando respostas e conforto. Entre soluços, perguntei o que fazer para descobrir a causa dos meus problemas. Eu estava cansada e sentia que Ele havia prometido estar comigo, mesmo em momentos de desespero. Então, adormeci.
Na manhã seguinte, algo extraordinário aconteceu. Acordei cedo e sentia-me completamente diferente. Era como se toda a tristeza da noite anterior tivesse desaparecido. Soube, naquele momento, que não estava sozinha e que Ele era a minha força – mas sobre isso, falaremos amanhã. Hoje eu só tenho mais uma coisa a dizer:
"Cada lágrima derramada tornou-se um lembrete do poder da superação, mostrando que até mesmo nos momentos de maior vulnerabilidade é possível encontrar força para seguir em frente."
Até lá,
Cindy Ferreira - ViveReal