Quando Sabemos que Não Dará Mais Tempo

Acho que uma das piores sensações que existem é receber um diagnóstico de uma doença em estágio terminal. 

Já li diversos relatos de profissionais da saúde que confirmam: diante de uma notícia assim, surge uma infinidade de lamentações — tanto pelo que deixamos de fazer quanto pelas escolhas erradas que gostaríamos de apagar. 

Fico imaginando o turbilhão de pensamentos e sentimentos que deve invadir a mente o tempo todo. Mas, por outro lado, não é apenas diante de uma doença que o tempo, ou a falta dele, pode nos aterrorizar.

Embora sejam situações distintas, outras circunstâncias também podem nos trazer sentimentos avassaladores. Imagine encontrar o grande amor da sua vida, querer ter um filho com essa pessoa e, de repente, perceber que seu relógio biológico não permitirá realizar esse sonho. 

Ou algo mais simples, mas que ainda assim pode mexer com a gente: você se prepara para uma viagem, mas, por um imprevisto além do seu controle, chega atrasada no aeroporto e só consegue assistir ao seu voo decolar sem você.

Hoje, quero convidar você a refletir sobre o tempo e como ele escapa de nossas mãos. Eu sei, isso já virou clichê, mas é exatamente o que acontece: a vida passa num piscar de olhos e, muitas vezes, só percebemos tarde demais que o tempo acabou.

Eu mesma já tive que aceitar, este ano, que há uma boa quantidade de sonhos e desejos que não poderei realizar. Graças a Deus, não estou morrendo — pelo menos não que eu saiba — mas simplesmente pelas escolhas que fiz e/ou precisei fazer, alguns caminhos ficaram para trás.

Por isso, decidi viver a vida intensamente e fazer tudo aquilo que ainda está ao meu alcance. Torço para que minha amígdala cerebral (essa estrutura em forma de amêndoa no nosso cérebro) ou meu "cérebro reptiliano" não ouse me trair, e que eu possa viver cada dia plenamente, sem medo!

No fim das contas, só quero saúde e que Deus esteja comigo em todos os momentos. É isso que realmente importa.

Até amanhã! 

Cindy Ferreira - viveReal