
Dinheiro Sem Sofrência: Liberdade e Organização Financeira
Se você já me acompanha há algum tempo, sabe que minha relação com o dinheiro nunca foi simples. Talvez porque, por falta dele, perdi a pessoa que mais amei na vida. Ouvi que não havia nada a ser feito, que quando chega a hora, não há como impedir. Mas, dentro de mim, a sensação é outra. Sempre acreditei que, se eu tivesse condições de tirá-la de um hospital público e levá-la para um particular, talvez o desfecho tivesse sido diferente.
O dinheiro também esteve no centro de outra dor: minha irmã me afastou dela e do meu único sobrinho por causa dele. Simplesmente não quis correr o risco de ter gastos comigo. Foi um corte seco, difícil de entender e ainda mais difícil de aceitar. Desde então, o dinheiro ficou diretamente ligado às minhas maiores feridas.
Mas as coisas começaram a mudar. Aos poucos, fui abrindo espaço para uma nova forma de lidar com isso. E hoje quero dividir com você esse caminho, que não teve nada de mirabolante: foi leve, direto e possível.
Em 2024, pela primeira vez em anos, terminei o ano com saldo positivo. Guardei uma reserva para o começo de 2025 — meses em que o faturamento costuma ser mais baixo. E tudo ia bem, até que minha saúde exigiu gastos inesperados. Pra completar, perdi alguns contratos de seguros e ainda enfrentei um erro operacional (que não foi meu) e que bagunçou completamente o planejamento do mês.
Tive que pedir ajuda. Um amigo querido me socorreu, mesmo passando por desafios financeiros também. E, apesar dos avanços, percebi onde falhei: não considerei o fator surpresa. Sempre digo aos meus clientes que, ao dirigir, é importante cuidar da sua direção — mas também observar quem está ao seu redor. Afinal, todos estamos na mesma estrada.
E foi exatamente isso que aconteceu: um fator externo cruzou meu caminho e afetou meu planejamento. Por isso, além de me organizar para reforçar minha reserva financeira, vou criar um fundo só para imprevistos. A ideia é já me preparar, desde agora, para que no segundo semestre eu consiga repor o que faltou — e ainda começar 2026 com mais segurança.
A boa notícia é que os maiores gastos com a minha saúde serão encerrados ainda este ano. Foram investimentos altos, mas que eu não podia mais adiar. Com isso, espero em Deus que, no próximo ano, eu consiga respirar melhor financeiramente e, finalmente, retomar os projetos que deixei em pausa.
Desde 2018, minha prioridade tem sido cuidar da minha saúde para envelhecer bem. Em menos de três anos, estarei oficialmente na terceira idade — e quero chegar lá com saúde, tranquilidade e rodeada de amizades sinceras.
Aliás, sobre amizades… É o tema de amanhã.
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Cindy Ferreira | viveReal