Amizades adultas: como criar conexões reais em tempos de likes e superficialidade

Construir relações verdadeiras na vida adulta é quase um ato de resistência. Em meio à correria, à solidão moderna e às relações rasas, criar vínculos genuínos exige critério, coragem e muita intenção.

Ter uma ou mais pessoas que realmente estão com você é como ganhar na loteria — e ao mesmo tempo, uma das maiores responsabilidades que podemos assumir. Justamente por isso, esse grupo costuma ser bem pequeno.

Falo de pessoas que escolhem permanecer, apesar de tudo: da distância, da rotina, do tempo, da aparência, da idade, da condição financeira, dos medos, da fúria, da dor, do humor, dos defeitos — especialmente das qualidades. Porque, cá entre nós, ter amigos quando tudo vai mal até que é fácil… agora, encontrar quem vibre com a sua felicidade de verdade? Isso é raro.

E só presença não basta. Toda amizade precisa de cuidado: tem que regar, podar, adubar, colocar luz e presença. Se não nutrir, até sobrevive por um tempo, mas dificilmente floresce — e quando não floresce, também não dá frutos.

O antropólogo britânico Robin Dunbar, da Universidade de Oxford, criou o conceito de “Número de Dunbar”: ele sugere que conseguimos manter cerca de 150 relações sociais estáveis. E dentro desse número, temos camadas com diferentes níveis de proximidade:

5 pessoas: círculo íntimo — laços profundos, família ou amigos-irmãos.

15 pessoas: amigos próximos — presença constante, confiança sólida.

50 pessoas: amigos — laços regulares, tipo colegas ou parceiros de convívio.

150 pessoas: nosso limite de conexões realmente significativas.

Claro que esse número pode variar de pessoa para pessoa, mas a essência é: qualidade vale mais que quantidade.

Eu, por exemplo, ainda não tenho os cinco do meu círculo íntimo completo — mas vou conquistar. Já tive o privilégio de cruzar com pessoas extraordinárias, daquelas que parecem que a gente conhece de outras vidas. Algumas ficaram, outras eu deixei ir… e algumas, confesso, saíram com cartão vermelho. Inclusive da família!

Hoje sinto que é hora de abrir espaço para novas conexões. Não para tapar buracos do passado, mas para ocupar os espaços que a maturidade foi abrindo. Gente que entenda o valor de um camarote VIP na nossa vida.

E você? Como está o seu círculo de amigos hoje? Me conta nos comentários, vou adorar saber!

Até segunda-feira,

Cindy Ferreira | viveReal

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