Ah esses "termos" em moda.

Ah esses "termos" em moda 

"Quiet quitting” é a bola da vez. Em português significa algo como: "demissão silenciosa". Viralizado recentemente nas redes sociais, tem chamado a atenção de muitas pessoas.

Diferente do termo "vestir a camisa da empresa" ou "superar as expectativas" ou "suar a camisa" que já estávamos tão acostumados a ouvir, já não tem tanto valor assim!

Mas o que significa exatamente o tal "Quiet quitting”? Grosso modo, a sugestão é que os adeptos façam apenas o combinado para suas funções, não trabalhem no fim de semana, não se ofereçam para tarefas extra não remuneradas e saiam sempre no horário combinado. 

Bem, para quem fez ou faz parte do mercado há mais tempo isso não é novidade. O tal movimento (para mim a falta de), apenas ganhou uma nova roupagem, uma releitura, pois já vem sendo praticado desde sempre. Afinal, quem de nós já não presenciou algo parecido por praticado por alguém da equipe da qual faz ou fez parte?

Eu particularmente ficava muito brava, ouvi muitas vezes frases do tipo: "isso não faz parte das minhas funções", pois sempre gostei de entregar mais do que o esperado. Característica minha!!!

Sempre defendi que se não está bom para empregado e empregador é hora de pôr um fim no contrato. Talvez seja por isso que hoje eu continue oferecendo aos meus clientes mais do que o esperado, pois, a meu ver é exatamente esse "plus" que faz com que estejam comigo há anos. 

Defendo então que o “Quiet quitting” é, na verdade, um comportamento que sempre foi encontrado. No serviço público por exemplo é comum a gente ouvir "profissionais" dizendo algo do tipo: "Ah! Mas isso não é responsabilidade desse setor" ...

Observemos que movimento de “quiet quitting” não está sugerindo necessariamente que as pessoas saiam de seus trabalhos, mas sim que repensem a relação que possuem com ele. Fique menos produtivos.

Porém, sugiro que antes de partir para a decisão de fazer o mínimo esforço possível, vale a pena fazer uma autoanálise sincera sobre o como você está se sentindo em relação ao seu trabalho e sobretudo sobre você nesse trabalho!

O seu trabalho está ajudando você a chegar aonde planejou? 

Você desempenha funções que estão adequadas ao que você busca para a sua vida? 

A sua insatisfação atual já não existia em outros empregos que você teve?

O tal movimento da "demissão silenciosa" sugere ficar quieto e fazer o mínimo possível e isso, a meu ver, é se dar muito pouco valor. É uma bela falta de amor-próprio, falta de prazer no que você faz e em relação a quem faz também. Você!!!

Por isso, se você está insatisfeito(a), converse com o(a) gestor(a). Leve seus argumentos, fale sobre o que está se sentindo, o que está lhe incomodado no seu trabalho. 

A conversa é sempre uma possibilidade, até porque pode servir para obter um feedback e sentir se você e a empresa estão na mesma página ou não.

Se for possível, estabeleça seus limites claros de até onde o trabalho terá permissão para entrar, mesmo que esporadicamente, na sua vida pessoal, ainda que seus colegas não façam o mesmo. 

Procure apoio de um(a) terapeuta, dependendo da gravidade da sua insatisfação.

E então, você é adepto ou não ao “Quiet quitting”? 

Eu particularmente acho que é uma falta de respeito com você acima de qualquer pessoa ou empresa.

Não está bom para você, se mexa, mude, não necessariamente de emprego, mas sim de postura!

Para hoje é isso. Voltaremos falar sobre trabalho na próxima quinta-feira.

Aproveite seu pós feriado.

Cindy Ferreira

Coordenação viveReal 

Adicionar comentário


Sobre | Contato

viveReal - Todos os Direitos Reservados a Cindy Ferreira

WhatsApp Online