Como você reage às adversidades?
Como você lida com as adversidades? Qual é a sua reação quando algo realmente muito difícil acontece e não estava em seus planos? A capacidade de sermos resilientes pode ter impactos muito positivos em nossa vida, assim como a falta dela pode gerar efeitos devastadores e resultados muito limitantes.
Um pesquisador americano, o Dr. Paul G. Stolltz, entrevistou mais de 100 mil pessoas que construíram uma vida de realizações e descobriu que elas tinham em comum a capacidade de serem resilientes e administrar obstáculos. Essa pesquisa gerou a Teoria do Quociente de Adversidade, que aponta a existência de 4 fatores principais que nos ajudam a compreender a reação das pessoas diante de situações consideradas difíceis. E veja que na tabela abaixo, a forma como a pessoa reage à situação em cada fator, indica o seu nível do coeficiente de adversidade – o seu QA.
Muitos são os desafios que podemos enfrentar na vida e eles vão acontecer, invariavelmente! Ser resiliente não é evitar as adversidades, mas sim entender o fenômeno racionalmente, na sua forma e dimensão e poder lidar com ele adequadamente.
Um problema financeiro muito sério, a perda de um ente querido, o computador que quebrou pela terceira vez na mesma semana, uma demissão, filhos sem aulas, um vírus que te limita e impede você de levar, uma vida “normal” etc. A questão é que enquanto mantivermos um padrão comportamental negativo diante das adversidades e não nos tornarmos conscientes disso, dificilmente conseguiremos desenvolver o nosso QA e menos sucesso conseguiremos alcançar, independentemente da área da nossa vida.
Mas, como podemos mudar esses padrões que nos prejudicam e desenvolver a capacidade de superar e aprender com as adversidades? Precisamos nos observar e questionar sobre como geralmente lidamos com os desafios diários – se como obstáculos a serem superados ou como muralhas intransponíveis. Como tenho enxergado os meus problemas e qual é a reação que eles provocam em mim? Conhecer a forma como funcionamos e nossas reações aos problemas é fundamental para gerar consciência para a mudança.
Escolher com cuidado onde colocaremos nosso foco quando a adversidade surgir é o segundo passo. Mas para isso, é necessário inteligência emocional para enxergar oportunidades em meio ao caos e se concentrar no que realmente podemos fazer para solucionar o problema. Assim, evitamos perder o controle e transformá-lo em algo muito maior do que é na realidade.
Outra estratégia é agir para solucionar o problema ao invés de sucumbir às queixas e lamúrias. Muitas pessoas assumem a posição de vítima por conforto, porém com isso perdem o poder de assumir o controle sobre suas vidas, bem como fazer algo útil e positivo para encontrar uma solução para as adversidades, quando é possível.
Além disso, treine a autoconfiança, o bom humor e a visão positiva de si mesmo. E mesmo que o tombo tenha sido grande, siga em frente! Isso é resiliência. Não olhe para trás a não ser que seja para analisar os movimentos que falharam e tentar novas estratégias na próxima oportunidade. Não temos como mudar algo que aconteceu, mas temos como mudar como interpretamos e reagimos a isso.
Treine a gratidão, mesmo diante dos infortúnios. Felicidade e desespero não coexistem.
Se mesmo assim for muito difícil mudar, busque ajuda de um profissional que lhe proporcione um método confiável, com ferramentas para se fortalecer emocionalmente e aprender a sair do poço quando necessário.
Abraços e até semana que vem!
Paula Fischer
Psicóloga CRP 08-08899
Comentários
Obrigada pelo carinho!
Bjuuu
Uma dúvida, o QA alto de responsabilidade, foca em achar culpados?
Os quadrantes ficaram invertidos.
Uma pessoa com um QA alto em responsabilidade terá a tendência em achar a solução para os problemas, e não em procurar culpados.
Obrigada por sinalizar!!! ;)
Bjs