Trace sua Rota !!!

Na semana passada vimos a importância da decisão para o início de qualquer mudança em nossa vida.

Podemos até ter consciência da necessidade de fazer algo para mudar, mas sem essa decisão nada acontece.

A partir da decisão tomada, vem o planejamento, que consiste em desenhar um caminho até o ponto que queremos alcançar.

Sem esse planejamento, podemos ficar por muito tempo nos enganando com ações sem estratégia e sem sentido, que só fazem dar a falsa impressão de que estamos fazendo alguma coisa, porém sem um real progresso.

O primeiro passo desse planejamento é fundamental e irá exigir identificarmos onde estamos, ou seja, a nossa situação atual, assim como um GPS, que precisa do ponto de partida para traçar uma rota assertiva até o destino desejado.
É nesse momento que fazemos um exame da nossa vida ou da área dela que mais precisa de atenção e identificamos o que está incomodando e o que não queremos mais.

A reflexão sobre a vida nos ajuda a entender melhor o que está acontecendo e a decidir sobre aquilo que realmente está nos atrapalhando, entristecendo e limitando.

Feita essa análise, passamos para a fase de definir o ponto de chegada. Onde e como me vejo ao final do processo de mudança?
E aqui, é importante que eu me visualize diferente, mudado, com aspectos da minha vida que antes me incomodavam e que foram melhorados.

E esse recurso de imaginação e visualização não deve servir para uma idealização puramente ou para alimentar uma fantasia - o que nos traria grandes chances de frustração caso não a realizássemos. Não! Esse recurso deve servir para nos impulsionar, sempre com a consciência de que não temos como prever o futuro, obviamente.

Bem, agora já temos mais clareza dos dois pontos necessários ao nosso GPS interno para criar uma rota possível.

E há de se trabalhar aqui a nossa capacidade para lidar com a realidade e as limitações que ela pode nos impor, sem, no entanto, desistirmos ou desanimarmos de ir em frente.

Por isso esse planejamento também deve ter alguma flexibilidade, podendo ser revisto e reajustado constantemente.
Logicamente que um bom nível de autoconhecimento e capacidade de gerenciar emoções irá contribuir para que esse planejamento, no que depender do próprio indivíduo, tenha o mínimo de alterações possível.

Porém essa não é a regra. Estamos falando de seres humanos com dificuldades e feridas emocionais que, na maioria das vezes, precisarão ser tratadas durante o processo, para que então as mudanças desejadas sejam possíveis de serem feitas.

De qualquer forma, um planejamento claro, com estratégias e ações concretas precisa existir para que esse processo avance e tenha mais chances de sucesso.

Boa semana e até a próxima terça!

Paula Fischer
Psicóloga CRP 08-08899

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