A dor da ausência
Estamos em setembro e isso nos faz lembrar do setembro Amarelo, mês todo dedicado à prevenção do suicídio, que visa conscientizar as pessoas, bem como evitar o seu acontecimento.
Não vou ousar falar sobre a campanha ou o problema em si, pois deixo isso para quem tem embasamento para falar com muito mais propriedade sobre o assunto.
Porém, é impossível não ser empática. Imaginar o tamanho da dor de alguém que atenta contra a sua própria vida.
A ausência de esperança, a ausência de força, de vontade de viver entre tantas outras.
O mais louco disso tudo é o grau de determinação que existe em que decide se suicidar. Por outro lado, a ausência da capacidade de discernimento dela.
Se observarmos bem, a força é muito presente nela, pois todo suicídio passa por um doloroso processo, que requer muita força até que ocorra o ato propriamente dito. Então não existe ausência de força e sim o mau uso dessa força.
O mais louco disso tudo é imaginar que o vazio causado por diversas ausências acaba nos tirando alguém e deixando em nós um vazio similar.
É como se houvesse uma transferência de ausências e de dores, ou seja, alguém deixa de viver e nós paramos de existir nela, mas ela vai continuar existindo em nós.
Ela não só continuará existir em nós, como trará consigo outras ausências, outros vazios e de certa forma uma força extraordinária, para podermos seguir vivendo por nós e por elas também!
Boa terça
Cindy Ferreira
Coordenação viveReal